domingo, 22 de setembro de 2013



Crase


Temos vários tipos de contração ou combinação na Língua Portuguesa. A contração se dá na junção de uma preposição com outra palavra.
Na combinação, as palavras não perdem nenhuma letra quando feita a união. Observe:
• Aonde (preposição a + advérbio onde)
• Ao (preposição a + artigo o)
Na contração, as palavras perdem alguma letra no momento da junção. Veja:
• da ( preposição de + artigo a)
• na (preposição em + artigo a)
Agora, há um caso de contração que gera muitas dúvidas quanto ao uso nas orações: a crase.
Crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou ainda da preposição “a” com as iniciais dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo ou com o pronome relativo a qual (as quais). Graficamente, a fusão das vogais “a” é representada por um acento grave, assinalado no sentido contrário ao acento agudo: à.
Como saber se devo empregar a crase? Uma dica é substituir a crase por “ao” e o substantivo feminino por um masculino, caso essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então com certeza há crase.
Veja alguns exemplos: Fui à farmácia, substituindo o “à” por “ao” ficaria Fui ao supermercado. Logo, o uso da crase está correto.
Outro exemplo: Assisti à peça que está em cartaz, substituindo o “à” por “ao” ficaria Assisti ao jogo de vôlei da seleção brasileira.
É importante lembrar dos casos em que a crase é empregada, obrigatoriamente: nas expressões que indicam horas ou nas locuções à medida que, às vezes, à noite, dentre outras, e ainda na expressão “à moda”.  Veja:
Exemplos: Sairei às duas horas da tarde.
À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar no Brasil.
Quero uma pizza à moda italiana.
Importante: A crase não ocorre: antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia).




quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Aprenda a diferença entre \"que\" (pronome relativo) e \"que\" (conjunção).

Saber classificar a palavra "que" é imprescindível para se compreender os mecanismos de funcionamento da língua portuguesa.
CASO 1: A palavra "que" é chamada de pronome relativo, quando equivale a o qual, a qual, os quais, as quais. Veja os exemplos abaixo:
Exemplo 1: O homem que fuma, vive pouco.
Exemplo 2: O homem, que é um ser racional, vive pouco.
No exemplo 1, diz-se que o pronome relativo "que" é restritivo, pois inicia uma oração ("que fuma bastante") que se refere a um homem em particular, específico, e não a todos os homens, de forma universal. Especificar, particularizar, significa restringir.
 No exemplo2, diz-se que o pronome relativo "que" é explicativo, pois inicia uma oração ("que é um ser racional") que se refere, não a um homem específico (restrito); mas a todos os homens, a toda a humanidade.
CASO 2: A palavra "que" desempenha a função de uma conjunção, quando, geralmente, vem antecedida de um verbo e não equivale a o qual (s), a qual (s). Veja os exemplos abaixo:
Exemplo 3: Percebi que ela estava triste.
Exemplo 4: Vem, que eu te quero.
Nestes dois exemplos, observe que os termos que antecedem a palavra "que" são verbos. Em nenhum desses casos, a palavra "que" equivale a o qual, a qual, os quais, as quais.
É claro que a palavra "que" pode assumir outras funções morfológicas além dos dois casos citados. Porém, as duas funções mais frequentes são a de pronome relativo e a de conjunção.

Portanto ou por tanto

As duas hipóteses existem na língua portuguesa e estão corretas. Contudo, são palavras com significados diferentes, devendo ser usadas em situações diferentes. A palavra portanto indica uma consequência ou uma conclusão de uma ação anterior. A sequência por tanto indica uma quantidade ou um valor indeterminado.

Portanto é uma conjunção coordenativa conclusiva com significado de logo, por conseguinte, por isso. É utilizada em ligação a uma oração anterior indicando uma consequência ou uma conclusão dessa primeira ação. Deverá ser usada com vírgulas.

Exemplos:
Portanto:
Já fizemos todo o trabalho. Você já pode, portanto, ir embora.
Aquele atleta tem ficado sempre em segundo lugar. Portanto, terá que treinar mais para ser campeão.
Este livro é muito caro e, portanto, não o poderei comprar.

Por tanto é uma sequência formada pela preposição por e pelo adjetivo ou pronome indefinido tanto. Por tanto indica uma quantidade, valor, quantia, porção,… indeterminada.

Exemplos:
Por tanto:
Você pode ficar com estes apontamentos da matéria por tanto tempo que você precisar.
Por tanto incentivo que me foi dado por minha família, hoje sou uma pessoa segura.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Imagens,linguagem coloquial



Qual é a diferença entre "Demais" e "De mais"?

"Demais"  pode ser advérbio de intensidade, com sentido de “muito”; aparece intensificando verbos, adjetivos ou outros advérbios:
  • Aquilo nos deixou indignados demais.
  • Estamos bem até demais.
"Demais"  também pode ser pronome indefinido, equivalendo a “os outros”, “ao restantes”:
  • Acabamos deixando aos demais a liberdade de escolha.
  • Os demais membros do clube reivindicaram o aumento das mensalidades.
"De mais"  opõe-se a de menos. Refere-se sempre a um substantivo ou pronome:

  • Não vimos nada de mais em sua atitude.
  • Havia candidatos de mais para o número de vagas oferecido.

Diferença entre “mal” e “mau”

Há uma regrinha bastante simples para diferenciar as duas palavras:
A palavra “mal” é antônima de “bem”, enquanto a palavra “mau” é antônima de “bom”.
Na tirinha abaixo, a personagem Susanita utiliza corretamente o termo mau humor, oposto de bom humor.






É importante ainda lembrar as três classificações gramaticais da palavra “mal”:

*Mal – substantivo
O bem sempre vence o mal.

*Mal – advérbio
Nosso time jogou muito mal.

*Mal – conjunção
Mal entramos no estádio, saiu o gol.
Nesse caso, mal é uma conjunção subordinada adverbial temporal, que dá o mesmo sentido que “logo que”, “assim que”.

Diferença entre “onde” e “aonde”

Onde = que lugar, em que lugar, qual lugar.indica permanência, uma idéia estática, o local em que se encontra ou ocorre algo. Vem normalmente acompanhado de verbos que indicam estado ou permanência.

Exemplos:
Onde você está?
Alguém sabe onde fica o MASP?
João estava perdido, não sabia onde deixar o documento
De onde você está teclando?
Não sei onde ele estava e nem perguntei
Afinal, onde você mora?
Na tirinha abaixo, Calvin usa corretamente a palavra "onde": 

















Aonde = a que lugar, para onde. É a junção da preposição “a” + onde. Dá a ideia de deslocação. Vem normalmente acompanhado de verbos que indicam movimento como ir, chegar, retornar, voltar e outros.
Exemplos:
Aonde você vai a essa hora?
Aonde nos levará esse trem?
João ficou perdido, simplesmente não sabia aonde ir
Faz dois anos que saiu de Minas, aonde deverá retornar no próximo semestre.
Não sei aonde você quer chegar com essas atitudes.
Há lugares aonde não se deve ir só.

É importante frisar que a palavra “onde” dá a ideia de lugar. Muitas vezes ela é usada erroneamente em lugar de “em que”, “na qual”.
Ex: Há momentos onde me sinto perdido.

Nesse caso, a forma correta é “Há momentos em que me sinto perdido”, pois não há a ideia de lugar físico.
Na linguagem coloquial é comum verificarmos o uso das duas formas de forma indiscriminada, porém na norma culta há de se ter a devida atenção.




sábado, 7 de setembro de 2013

Vício da fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.Oswald de Andrade

Linguagem Verbal e Não Verbal

Linguagem é todo sistema de sinais que nos permite realizar comunicação. O homem utiliza diversas maneiras para se comunicar, dentre elas, a música, a pintura, o desenho, a dança, a linguagem dos surdos-mudos (Libras), os sinais de trânsito, o idioma etc. Pode-se afirmar que a linguagem é resultado de práticas sociais de determinada cultura que é responsável por representá-la e justificá-la. Sendo assim, divide-se a linguagem em verbal e não verbal.A linguagem verbal é aquela que usa as palavras no processo comunicativo. O idioma que utilizamos, por exemplo, é linguagem verbal. Já a linguagem não verbal é aquela não utiliza palavras, isto é, faz uso de outros sinais para estabelecer comunicação. Por exemplo, a Língua Brasileira de Sinais é um tipo de linguagem não verbal.Linguagem não verbal: No uso da linguagem não verbal no texto acima, se tem placas de trânsito representadas por símbolos dotados de significação, fato que possibilita a comunicação.



Variação Linguística

variação de uma língua é o modo pelo qual ela se diferencia, sistemática e coerentemente, de acordo com o contexto histórico, geográfico e sócio-cultural no qual os falantes dessa língua se manifestam verbalmente. É o conjunto das diferenças de realização linguística falada pelos locutores de uma mesma língua. Tais diferenças decorrem do fato de o sistema lingüístico não ser unitário, mas comportar vários eixos de diferenciação: estilístico, regional, sociocultural, ocupacional e etário. A variação e a mudança podem ocorrer em algum ou em vários dos subsistemas constitutivos de uma língua (fonético, morfológico, fonológico, sintático, léxico e semântico). O conjunto dessas mudanças constitui a evolução dessa língua.
A variação é também descrita como um fenômeno pelo qual, na prática corrente de um dado grupo social, em dada época e em dado lugar, uma língua nunca é idêntica ao que ela é em outra época e outro lugar, na prática de outro grupo social. O termo variação pode também ser usado como sinônimo de variante. Existem diversos fatores de variação possíveis - associados a aspectos geográficos e sociolinguísticos, à evolução linguística e ao registro linguístico.


Nenhuma língua permanece a mesma em todo o seu domínio e, ainda num só local, apresenta um sem-número de diferenciações.[...] Mas essas variedades de ordem geográfica, de ordem social e até individual, pois cada um procura utilizar o sistema idiomático da forma que melhor lhe exprime o gosto e o pensamento, não prejudicam a unidade superior da língua, nem a consciência que têm os que a falam diversamente de se servirem de um mesmo instrumento de comunicação, de manifestação e de emoção.— Celso Cunha

Agente ou a gente

As duas palavras estão corretas e existem na língua portuguesa. Porém, seus significados são diferentes e devem ser usadas em situações diferentes. A palavra agente é um substantivo comum e se refere a pessoa que faz algo. A gente é uma locução pronominal equivalente ao pronome pessoal reto nós.
A gente é uma locução pronominal formada pelo artigo definido feminino a e pelo substantivo gente, que se refere a um conjunto de pessoas, à população, humanidade, povo. A expressão a gente é semanticamente equivalente ao pronome pessoal reto nós e gramaticalmente equivalente ao pronome pessoal reto ela, devendo assim o verbo ser conjugado na terceira pessoa do singular. Exprime um sujeito indeterminado, ou seja, as pessoas que falam (nós) ou as pessoas em geral (todos). Esta expressão deverá ser utilizada apenas numa linguagem informal.
Exemplos:
A gente vai à praia depois do almoço.
Ontem, a gente falou com ele, mas ele continuava triste com a situação. 
Toda a gente sabe que um dia tem vinte e quatro horas. 

Agente tem sua origem na palavra em latim agens e se refere ao sujeito da ação, ou seja, a pessoa que atua, opera, faz. É um adjetivo e um substantivo de dois gêneros porque apresenta sempre a mesma forma, quer no gênero feminino, quer no gênero masculino (o agente/a agente).

Exemplos:
Aquele agente da polícia conseguiu prender o ladrão.
O agente da passiva equivale ao sujeito da voz ativa. 
A agente secreta está em missão num país estrangeiro.

Aprenda a diferença entre \"que\" (pronome relativo) e \"que\" (conjunção).

Saber classificar a palavra "que" é imprescindível para se compreender os mecanismos de funcionamento da língua portuguesa.
CASO 1: A palavra "que" é chamada de pronome relativo, quando equivale a o qual, a qual, os quais, as quais. Veja os exemplos abaixo:
Exemplo 1: O homem que fuma, vive pouco.
Exemplo 2: O homem, que é um ser racional, vive pouco.
No exemplo 1, diz-se que o pronome relativo "que" é restritivo, pois inicia uma oração ("que fuma bastante") que se refere a um homem em particular, específico, e não a todos os homens, de forma universal. Especificar, particularizar, significa restringir.
No exemplo 2, diz-se que o pronome relativo "que" é explicativo, pois inicia uma oração ("que é um ser racional") que se refere, não a um homem específico (restrito); mas a todos os homens, a toda a humanidade.
CASO 2: A palavra "que" desempenha a função de uma conjunção, quando, geralmente, vem antecedida de um verbo e não equivale a o qual (s), a qual (s). Veja os exemplos abaixo:
Exemplo 3: Percebi que ela estava triste.
Exemplo 4: Vem, que eu te quero.
Nestes dois exemplos, observe que os termos que antecedem a palavra "que" são verbos. Em nenhum desses casos, a palavra "que" equivale a o qual, a qual, os quais, as quais.
É claro que a palavra "que" pode assumir outras funções morfológicas além dos dois casos citados. Porém, as duas funções mais frequentes são a de pronome relativo e a de conjunção.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

DIFERENÇA ENTRE “MAIS” E “MAS”

É extremamente comum confundir o Advérbio de intensidade“mais” com a Conjugação Adversativa “mas”. Contudo, a boa notícia é que hoje você irá aprender de forma simples e objetiva a usar corretamente essas palavras. Acompanhe a aula:
MAS: possui ideia de oposição. Pode ser substituído por “contudo, todavia, entretanto, não obstante, no entanto”. Veja alguns exemplos:
João trabalha muito, mas ganha pouco.
Disse que ia ao teatro, mas não foi!
MAIS: expressa ideia de intensidade; quantidade. Exemplos:
Era o mais romântico da turma.
Venceu mais uma vez!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A diferença entre"porque,por que, porquê e por quê''

Por que (separado, sem acento)


Utiliza-se nas interrogativas, sejam diretas ou indiretas. É um advérbio interrogativo. 
Exemplos:
Por que ele foi embora? (Interrogativa direta)
Queremos saber por que ele foi embora. (interrogativa indireta)

Dica: Coloque a palavra "motivo" ou "razão" depois de "por que". Se der certo, escreva separado, sem acento.
Queremos saber por que motivo ele foi embora.
Por que pode também equivaler a pelo qual, pela qual pelos quais, pelas quais, sendo o que, nesse caso, um pronome relativo.

Exemplo:
Aquele é o quadro por que ela se apaixonou

Dica: Substitua por que por "pelo qual, pelos quais, pela qual ou pelas quais"
Aquele é o quadro pelo qual ela se apaixonou.

Porque (junto, sem acento)

Estabelece uma causa. É uma conjunção subordinativa causal, ou coordenativa explicativa.
 Exemplos:
Ele foi embora porque cansou daqui.
Não vá porque você é útil aqui.


Dica: Substitua porque por "pois"
Ele foi embora pois se cansou daqui.
Também utiliza-se porque com o sentido de "para que", introduzindo uma finalidade: 
Ele mentiu porque o deixassem sossegado


Por quê (separado, com acento)
Em final de frase ou quando a expressão estiver isolada, usa-se por quê. 
Exemplos:
Ele foi embora por quê?
Você é a favor ou contra? Por quê?


Porquê (junto, com acento)
Equivalendo a causa, motivo, razão, porquê é um substantivo. Neste caso ele é precedido pelo artigo o.
Exemplo:
Não quero saber o porquê de sua recusa







                                                                                     Espero que tenham gostado!  
                                                                                                    

Senão ou se não?



                                                        Senão ou se não... Qual devo usar?

Veja:

Se não der para você vir, não tem problema.

Caso não dê para você vir, não tem problema.

As duas orações acima não têm o mesmo sentido?

Agora, observe:

O que é isso, senão uma briga?

O que é isso, caso não uma briga?

A substituição feita acima de “senão” por “caso não” foi insatisfatória, pois não ficou coerente, não tem sentido!

Logo, percebemos que “se não” e “senão” NÃO possuem o mesmo significado, uma vez que não podem ser substituídos pela mesma expressão.

Use “se não” (união da conjunção se + advérbio não) quando puder trocar por “caso não”, “quando não” ou quando a conjunção “se” for integrante e estiver introduzindo uma oração objetiva direta: Perguntei a ela se não queria dormir em minha casa.

Use “senão” quando puder substituir por “do contrário”, “de outro modo”, “caso contrário”, “porém”, “a não ser”, “mas sim”, “mas também”.


Veja alguns exemplos:

a) Você tem de comer toda a comida do prato, senão é desperdício. (de outro modo)
b) Se o clima estiver bom você vai, senão não vai. (do contrário)
c) Não lhe resta outra coisa senão pedir perdão. (a não ser)
d) Se não fosse o trânsito, não teria me atrasado. (caso não)
e) Não fui eu se não der certo. (caso não)

Exemplos de gírias muito usadas pela população:

- Gata ou gato = mulher bonita, homem bonito
- Baranga = mulher feia
- Coroa = pessoa idosa
- Corno = pessoa traída
- Magrela = bicicleta
- Abrir o jogo = contar a verdade
- Arrancar os cabelos = ficar desesperado
- Baixar a bola = ficar calmo
- Catinga = fedor
- Cabeça-dura = pessoa teimosa
- Com o pé na cova = próximo da morte
- Dar o troco = fazer vingança
- Pagar o mico = passar vergonha


Criação 
Muitas gírias são criadas pelos jovens e adolescentes, em função da necessidade de buscar palavras e conceitos novos.

Uso 
As gírias são próprias de uma determinada época e, muitas vezes, deixam de existir quando caem em desuso. Muitas gírias são tão utilizadas por grande parte da população de um país que acabam sendo incorporadas pelo vocabulário oficial, fazendo parte dos dicionários

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Ai Galerinha O Vídeo Do SeLigueNasIdea!         
                                                                                 ESPERO QUE GOSTEM!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Caetano Veloso ( Alegria,alegria

Caminhando contra o vento Sem lenço e sem documento No sol de quase dezembro Eu vou... O sol se reparte em crimes Espaçonaves, guerrilhas Em cardinales bonitas Eu vou... Em caras de presidentes Em grandes beijos de amor Em dentes, pernas, bandeiras Bomba e Brigitte Bardot... O sol nas bancas de revista Me enche de alegria e preguiça Quem lê tanta notícia Eu vou... Por entre fotos e nomes Os olhos cheios de cores O peito cheio de amores vãos Eu vou Por que não, por que não... Ela pensa em casamento E eu nunca mais fui à escola Sem lenço e sem documento, Eu vou... Eu tomo uma coca-cola Ela pensa em casamento E uma canção me consola Eu vou... Por entre fotos e nomes Sem livros e sem fuzil Sem fome, sem telefone No coração do Brasil... Ela nem sabe até pensei Em cantar na televisão O sol é tão bonito Eu vou... Sem lenço, sem documento Nada no bolso ou nas mãos Eu quero seguir vivendo, amor Eu vou... Por que não, por que não... Por que não, por que não... Por que não, por que não... Por que não, por que não...

Imagens linguagem coloquial.






Mudança de texto normal,para a linguagem coloquial

A árvore que pensava

Houve uma arvore que pensava. E pensava muito.Um dia traspuseram-na para a praça no centro da cidade. Fez-lhe bem a deferência.Ela entusiasmou-se, cresceu, agigantou-se.
Aí vieram os homens e podaran seus ganhos. A arvore estranhou o fato e corrigiu seu crescimento, pensando estar na direçao de seus ganhos a causa da insatisfação dos homens.Mas quando ela novamente se agigantou os homens voltaram e novamente amputaram seus galhos.
A arvore queria satisfazer aos homens por julga-los seus benfeitore, e parou de crescer.E como nao crescesse mais, os homens a arrancaram da praça e colocaram outra em seu lugar




A árvore que pensava.

Tinha um árvore que pensava, pensa muito. Um dia a colocaram no meio da praça na cidade. E fez bem a ela a mudança. Ficou feliz, cresceu, e ficou enorme. Aí vieram os homens e arrancaram seus galhos. A árvore se sentiu estranha e corrigiu seu crescimento, pensando que seus galhos estavam no caminho dos homens e eles não estavam gostando. Mas quando ela cresceu de novo os homens voltaram e cortaram seus galhos de novo. A árvores queria ajudar os homens por achar que eles eram do bem, e parou de crescer. E como ela não cresceu mais, os homens arrancaram ela da praça e botaram ela no lugar que ela estava antes!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Samba do Arnesto(Adoniram Barbosa) Letra'

O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás
Nós fumos não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma reiva
Da outra vez nós num vai mais
Nós não semos tatu! (2x)

No outro dia encontremo com o Arnesto
Que pediu desculpas mais nós não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta

O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás
Nós fumos não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma reiva
Da outra vez nós num vai mais

No outro dia encontremo com o Arnesto
Que pediu desculpas mais nós não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta

Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá
Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,
Assinado em cruz porque não sei escrever"

Arnesto


Língua (Usos culto, coloquial e popular - gíria)

língua é um código de que se serve o homem para elaborar mensagens, para se comunicar. 
Existem basicamente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas funcionais: 
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base a norma culta, forma lingüística utilizada pelo segmento mais culto e influente de uma sociedade. Constitui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comunicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colaborando na educação, e não justamente o contrário; 
2) a língua funcional de modalidade popular; língua popular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais diversas, tem o seu limite na gíria e no calão. 
Norma culta 
A norma culta, forma lingüística que todo povo civilizado possui, é a que assegura a unidade da língua nacional. E justamente em nome dessa unidade, tão importante do ponto de vista político-cultural, que é ensinada nas escolas e difundida nas gramáticas. 
Sendo mais espontânea e criativa, a língua popular se afigura mais expressiva e dinâmica. Temos, assim, à guisa de exempliflcação: 
Estou preocupado. (norma culta) 
Tô preocupado. (língua popular) 
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) 
Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a espontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para viver; urge conhecer a língua culta para conviver. 
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das normas da língua culta. 
O conceito de erro em língua 
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. O que normalmente se comete são transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele falar”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta. 
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um banquete trajando shorts ou quanto um banhista, numa praia, vestido de fraque e cartola. 
Releva considerar, assim, o momento do discurso, que pode ser íntimo, neutro ou solene. 
momento íntimo é o das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre amigos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas perfeitamente normais construções do tipo: 
Eu não vi ela hoje. 
Ninguém deixou ele falar. 
Deixe eu ver isso! 
Eu te amo, sim, mas não abuse! 
Não assisti o filme nem vou assisti-lo. 
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo
Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a norma culta, deixando mais livres os interlocutores. 
O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se alteram: 
Eu não a vi hoje. 
Ninguém o deixou falar. 
Deixe-me ver isso! 
Eu te amo, sim, mas não abuses! 
Não assisti ao filme nem vou assistir a ele. 
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe. 
Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista, etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgressões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas, quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço à causa do ensino, e não o contrário. 
momento solene, acessível a poucos, é o da arte poética, caracterizado por construções de rara beleza. 
Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume. Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o comete, passando, assim, a constituir fato lingüístico registro de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda que não tenha amparo gramatical. Ex.: 
Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!) 
Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.) 
Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos dispersar e Não vamos dispersar-nos.) 
Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de sair daqui bem depressa.)  
O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no seu posto.) 
Têxtil, que significa rigorosamente que se pode tecer, em virtude do seu significado, não poderia ser adjetivo associado a indústria, já que não existe indústria que se pode tecer. Hoje, porém, temos não só  como também o operário têxtil, em vez da indústria de fibra têxtil e do operário da indústria de fibra têxtil. 
As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos impedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos também de transgressões ou “erros” que se tornaram fatos lingüísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu tais verbos como derivados de pedir, que tem, início, na sua conjugação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as formas então legítimas impido, despido e desimpido, que hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de usar. 
Observação: 
Em vista do exposto, será útil eliminar do vocabulário escolar palavras como  corrigir e correto, quando nos referimos a frases. “Corrija estas frases” é uma expressão que deve dar lugar a esta, por exemplo: “Converta estas frases da língua popular para a língua culta”. 
Uma frase correta não é aquela que se contrapõe a uma frase “errada”; é, na verdade, uma frase elaborada conforme as normas gramaticais; em suma, conforme a norma culta. 
Língua escrita e língua falada.  Nível de linguagem 
A língua escrita, estática, mais elaborada e menos econômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada. 
A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação (melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos, olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a modalidade mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural, estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformações e a evoluções. 
Nenhuma, porém, se sobrepõe a outra em importância. Nas escolas principalmente, costuma se ensinar a língua falada com base na língua escrita, considerada superior. Decorrem daí as correções, as retificações, as emendas, a que os professores sempre estão atentos. 
Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mostrando as características e as vantagens de uma e outra, sem deixar transparecer nenhum caráter de superioridade ou inferioridade, que em verdade inexiste. 
Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na língua falada. A nenhum povo interessa a multiplicação de línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de dialetos, conseqüência natural do enorme distanciamento entre uma modalidade e outra. 
Com propriedade, afirma o Prof. Sebastião Expedito Ignacio, da UNESP (Universidade Estadual de São Paulo): “O fato de que é o povo que faz a língua não quer dizer que se deva aceitar tudo o que venha a ser criado pelo povo. A língua pressupõe também cultura e, às vezes, o próprio povo se encarrega de repelir uma criação que não se enquadre dentro do espírito da língua como evolução natural”. 
A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-elaborada que a língua falada, porque é a modalidade que mantém a unidade lingüística de um povo, além de ser a que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo. Nenhuma reflexão, nenhuma análise mais detida será possível sem a língua escrita, cujas transformações, por isso mesmo, se processam lentamente e em número consideravelmente menor, quando cotejada com a modalidade falada. 
Importante é fazer o educando perceber que o nível da linguagem, a norma lingüística, deve variar de acordo com a situação em que se desenvolve o discurso. 
O ambiente sociocultural determina .o nível da linguagem a ser empregado. O vocabulário, a sintaxe, a pronúncia e até a entoação variam segundo esse nível. Um padre não fala com uma criança como se estivesse dizendo missa, assim como uma criança não fala como um adulto. Um engenheiro não usará um mesmo discurso, ou um mesmo nível de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum professor utiliza o mesmo nível de fala no recesso do lar e na sala de aula. 
Existem, portanto, vários níveis de linguagem e, entre esses níveis, se destacam em importância culto e o cotidiano, a que já fizemos referência. 
A gíria 
Ao contrário do que muitos pensam, a gíria não constitui um flagelo da linguagem. Quem, um dia, já não usou bacana, dica, cara, chato, cuca, esculacho, estrilar? 
O mal maior da gíria reside na sua adoção como forma permanente de comunicação, desencadeando um processo não só de esquecimento, como de desprezo do vocabulário oficial. Usada no momento certo, porém, a gíria é um elemento de linguagem que denota expressividade e revela grande criatividade, desde que, naturalmente, adequada à mensagem, ao meio e ao receptor. Note, porém, que estamos falando em gíria, e não em calão. 
Ainda que criativa e expressiva, a gíria só é admitida na língua falada. A língua escrita não a tolera, a não ser na reprodução da fala de determinado meio ou época, com a visível intenção de documentar o fato, ou em casos especiais de comunicação entre amigos, familiares, namorados, etc., caracterizada pela linguagem informal.